A intervenção urbana é uma forma de arte cujo objetivo é interagir, de maneira criativa e poética, com o espaço cotidiano e as pessoas. As intervenções são capazes de reinventar, ainda que momentaneamente, novos sentidos ao espaço escolhido e suscitar novas percepções às pessoas.

5.11.15

Coletivo PI reestreia peça O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos

Apresentações serão no baixo centro de São Paulo e falam sobre a especulação imobiliária da região.
Em 2014 o Coletivo PI movimentou a região da Casa das Caldeiras, zona oeste de São Paulo com a peça O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos. Em 2015 o Coletivo se muda para a região do Baixo Centro de São Paulo para falar sobre os desafios e conflitos do local.
Dia 07 de novembro a peça reestreia sempre aos sábados e domingos até 12 de dezembro. Serão 12 apresentações partindo sempre da sede da SP Escola de Teatro, localizada na Rua Marquês de Itu, onde o grupo faz residência. O espetáculo itinerante percorre diversas ruas do entorno com cenas e intervenções que dialogam com o espaço e mostrando figuras marcantes do centro da cidade. O projeto tem incentivo do Edital Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua (Circo, Dança e Teatro) 2014, da Funarte (Fundação Nacional das Artes) ligada ao Ministério da Cultura. 
A montagem tem como base propositora a especulação imobiliária e o conceito de espetacularização da cidade. Tudo começa com o público sendo recepcionado por corretores de imóveis que tratam a todos como compradores em potencial e inicia um tour pela região apresentando um novo conceito em moradia: O Complexo New Wave, um empreendimento único da cultura “sharing”, que revitalizará a região do centro propondo uma nova forma de moradia e comportamento.
 O roteiro trata da vida agitada das grandes metrópoles, traz uma mulher comum, a personagem Norma, como fio-condutor e um empreendimento imobiliário como mote principal para colocar em evidência acontecimentos banais na aparente normalidade da vida cotidiana. O  projeto brinca com realidade e ficção, tornando o público ora observador distante ora personagem da trama, o público se torna jogador/feitor de uma história que se faz a cada dia única.
A encenação tem inspirações teóricas de Michel Foucault e Zygmunt Bauman e propõe ao público uma imersão na arquitetura da região e no próprio organismo urbano, do qual somos partes.
“A peça ganha novas cenas, intervenções e características com a pesquisa no Baixo Centro, o roteiro e as imagens criadas foram pensadas para região  e o seu universo, marcado pelo processo de embelezamento dos novos empreendimentos e exclusão dos antigos moradores, a presença da prostituição e moradores de rua. O centro é um híbrido de ritmos, moradores, comércios e funções. O nosso roteiro dialoga com suas peculiaridades e questiona o que queremos para nossa cidade. Nessa temporada,  nosso projeto enriquece com a presença do Bijari e suas criações conosco para instalações;  com Pedro Vale, artista plástico, tecendo novas imagens das figuras que perambulam durante o trajeto e o Renato Navarro realizando a trilha sonora. Enfim, estamos ansiosos para compartilhar com o público o trabalho, ocupando as ruas e dialogando com a arquitetura e os  moradores da região”, diz Pâmella Cruz, diretora do espetáculo e do Coletivo PI.
O espetáculo O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos será realizado em temporada totalmente gratuita. Para esta temporada o Coletivo PI amplia sua pesquisa por meio da parceria com o Coletivo Bijari, compondo a proposta de iluminação e projeções durante o trajeto. O Bijari, é um núcleo de SP  que trabalha há mais  18 anos com arquitetura e intervenção urbana.

PIPI
Além da temporada, o Coletivo PI fará a terceira edição do PIPI – Prováveis Inquietações sobre Performance e Intervenção, um encontro para reunir pesquisadores e coletivos que ocupam a cidade com intervenções e pensam novos significados para a cidade. O PIPI será realizado dia 17 de novembro (terça-feira), às 19h na SP Escola de Teatro da Praça Roosevelt e é aberto ao público.

FICHA TÉCNICA
Produção:  Coletivo PI
Concepção Original:  Natalia Vianna, Pâmella Cruz, Priscilla Toscano
Criação: Coletivo PI
Dramaturgia: Coletivo PI
Direção: Pâmella Cruz
Assistência de Direção: Natalia Vianna
Iluminação: Bijari
Trilha Sonora: Renato Navarro
Figurino e Adereços: Emanuela Araújo e Pedro Vale
Preparação Corporal: Júlio Razec
Preparação Vocal: Marcelo Prudente
Elenco:  Chai Rodrigues; Emanuela Araújo; Fernanda Pérez; Júlio Razec; Marcelo Prudente; Mari Sanhudo; Matheus Félix; Natalia Vianna; Pâmella Cruz; Thiago Camacho.
Direção de Produção: Chai Rodrigues
Assistentes de Produção: Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo
Operação de luz: Flávia Servidone
Contrarregragem: Eduardo Garcia, Darah Menezes e Lucas S. do Couto
Assessoria de Imprensa e Comunicação: Luciana Gandelini e Chai Rodrigues
  
INFORMAÇÕES SOBRE O ESPETÁCULO
Público- Alvo: Pessoas acima de dezoito anos.
Quantidade por apresentação: 40 pessoas
Temporada: 07/11 a 13/12: Sábados e Domingos.
Horários: 20h (Sábados) e 19h (domingos)
Chegar com vinte minutos de antecedência para retirada dos ingressos
Espetáculo Itinerante: Favor comparecer com roupas leves, bolsas e mochilas pequenas. Haverá chapelaria para o público guardar pertences.
Local – SP Escola de Teatro. Endereço: Rua Marquês de Itu, nº273, Vila Buarque, São Paulo - SP, CEP 01223-001.

15.9.15

Performance Contornos na Maratona Cultural Cidade Olímpica


Foto: Willow Kohlrausch
Para comemorar um ano de contagem regressiva para os Jogos Olímpicos 2016, que serão realizados na cidade do Rio de Janeiro, o Minc promoveu em agosto deste ano mais de 40 atividades culturais dentro da Maratona dentre elas a performance "Contornos" do Coletivo PI. 

A ação do PI aconteceu no Museu Nacional de Belas Artes, no centro do Rio de Janeiro e foi promovida pelo Minc, por meio Fundação Nacional das Artes Funarte e o Instituto Brasileiro de Museus - Ibram.

A performance é uma celebração, que une diversas linguagens artísticas: a performance, a dança, a música e as artes visuais, além dos elementos da street art como o stencil de contornos femininos que iniciam a feitura da tela. O trabalho acompanha a perspectiva de pesquisa em site specific do Coletivo PI, sendo desenvolvido em diálogo com o espaço da ação. A performance pode ser realizada numa grande tela ou em muros e paredes da cidade, ganhando contornos próprios a cada realização. Por ser uma obra aberta, pretende-se trabalhar com as cores da bandeira do Brasil, dialogando com a temática das Olimpíadas e em referência às atletas mulheres que marcaram e marcam a história do esporte brasileiro.

FICHA TÉCNICA
Criação e Produção Geral: Coletivo PI
Performers: Chai Rodrigues, Natalia Vianna, Pâmella Cruz e Priscilla Toscano
Partitura Corporal: Marcelo D'Ávilla e Ednei Reis
Equipe de Produção: Jean Carlo Cunha, Mari Sanhudo e Marcelo D'Avilla
Trilha sonora: Renato Navarro
Realização: Coletivo PI, Minc, Funarte e Ibram

Imagens da Performance Contornos no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.

Agosto/2015

Fotos: Willow Kohlrausch


3.8.15

Performance Contornos pela primeira vez no Rio de Janeiro

Foto: Roni Adame
Ação do Coletivo PI faz parte da programação Maratona Cultural Cidade Olímpica, do Ministério da Cultura.
Contornos é uma performance do Coletivo PI, núcleo de performance e intervenção urbana, em que quatro mulheres criam uma tela ao vivo pintada com os próprios corpos. Cada performer se banha em tinta de cor diferente e pinta uma tela a partir de seus movimentos corporais, deixando contornos coloridos.
A ação tem inspiração na pintura gestual de Jackson Pollock, cuja pintura era fruto de uma composição de movimentos e gestos, em que o artista entra na obra e dá vasão ao ato espontâneo de criar. Outra referência é a artista contemporânea Heather Hansen. Ela une a dança e o desenho, criando grandes telas simétricas por meio de performance em que pinta com seu corpo as telas, usando carvão e os movimentos coreográficos. O trabalho surgiu da ideia de criar uma grande parede branca com as marcas de corpos, imprimindo cor e movimento, usando a materialidade do corpo como instrumento principal para feitura da tela, deslocando a importância da obra para o momento de sua criação, valorizando o processo e não apenas o produto final.
 A performance é uma celebração, que une diversas linguagens artísticas: a performance, a dança, a música e as artes visuais, além dos elementos da street art como o stencil de contornos femininos que iniciam a feitura da tela.
Divulgação oficial do evento pela Funarte.
O trabalho acompanha a perspectiva de pesquisa em site specific do Coletivo PI, sendo desenvolvido em diálogo com o espaço da ação. A performance pode ser realizada numa grande tela ou em muros e paredes da cidade, ganhando contornos próprios a cada realização. Por ser uma obra aberta, pretende-se trabalhar com as cores da bandeira do Brasil, dialogando com a temática das Olimpíadas e em referência às atletas mulheres que marcaram e marcam a história do esporte brasileiro.
Contornos nasceu da ideia da diretora Pâmella Cruz e teve sua estreia em maio de 2014 na programação da Virada Cultural de São Paulo, sendo realizado no Sesc Vila Mariana em uma grande tela branca montada em estrutura de box truss. Em 2015, o trabalho foi redefinido e entrou na programação do Sesc Ipiranga no mês de janeiro, dentro da programação de comemoração do aniversário da cidade de São Paulo, sendo apresentando duas vezes na rua lateral do Sesc em tapumes de madeira fixados nos portões da unidade.  Em fevereiro deste ano foi realizado em sala fechada, como galeria, na Universidade Mackenzie, pintando com os corpos todas as paredes do espaço. Por fim, em abril, fez parte da festa performativa ¡Venga Venga! Giramundo, sendo realizado no espaço Nos Trilhos por meio de tela fixada abaixo de um viaduto.
Contornos é uma reflexão poética sobre o corpo/matéria e a identidade/feminilidade. A performance encara o corpo como nosso território, a materialidade de nossa existência e pensa sobre os contornos femininos, como eles definem e segregam, quais as possibilidades transitórias de um corpo que é território, quais os carimbos que deixamos ou levamos em nossa relação com a cultura/cidade, que também é território, porém coletivo. É uma performance inusitada, que interfere no espaço e deixa a tela como lembrança viva de uma celebração.

SERVIÇO:
QUANDO: 08/08/2015
HORÁRIO: 15H
ONDE: Museu Nacional de Belas Artes
Avenida Rio Branco, 199 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20040-008 - (21) 2219-8474. (pátio interno do museu)
ENTRADA GRAUITA
DURAÇÃO: 30 minutos.

FICHA TÉCNICA:
Criação e Produção Geral
Coletivo PI
Performers
Chai Rodrigues, Natalia Vianna, Pâmella Cruz e Priscilla Toscano
Partitura Corporal
Marcelo D'Ávilla e Ednei Reis
Equipe de Produção
Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo

1.8.15

Entre Saltos no Performance Contemporary Almanac 2015

A publicação reúne mais de 250 artistas da Performance no mundo. O projeto também propõe a quebra do monopólio de editoras e pesquisadores.

Uma iniciativa da Contemporary Performance, de Nova Iorque, no EUA, vem reunindo artistas da performance de várias nacionalidades e estilos para promover e registrar seus trabalhos. A instituição lançou em 2013 o projeto "Contemporary Performance Almanac", uma publicação anual de trabalhos na área da Performance Arte. A primeira edição foi publicada em 2014. O Coletivo PI participa da segunda edição, em 2015, com a performance Entre Saltos.
Capa do Almanaque 2015

A grande valia do projeto está na forma de inserção dos trabalhos. Ao invés dos artistas terem que esperar por um grupo de pesquisadores e uma editora interessados em financiar o projeto, todo ele foi desenvolvido de forma coletiva tendo a Contemporary Performance como organizadora. Os artistas interessados produzem o conteúdo que tenham interesse em apresentar dentro dos limites de páginas, caracteres e imagens disponíveis pela Organização. Então, os artistas fazem o pagamento de uma taxa para publicação. Se este quiser ainda uma, duas ou três cópias do almanaque, pode fazer o pagamento proporcional. O almanaque é produzido e fica disponível para compra pela internet. Os conteúdos dele ainda ficam disponíveis no site da instituição. Mais de 250 artistas de todo o mundo compartilharam seus trabalhos nesta segunda edição. Entre eles, artistas e coletivos de performance brasileiros. Além do Coletivo PI, mais 17 artistas do Brasil estão no almanaque, como Marcelo D'avilla e Fe Vas.

Foto de Eduardo Bernardino que ilustra a
Performance Entre Saltos no Almanaque.
O Coletivo PI publicou a performance Entre Saltos nas páginas 56 e 57. A apresentação foi estruturada com um resumo do grupo, o conceito da Performance e a sua trajetória em 2014, quando percorreu quatro cidades do Brasil pelo Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais.

Os interessados já podem preparar materiais para a edição de 2016. O almanaque é escrito em inglês. Os artistas devem enviar textos obedecendo o limite de caracteres oferecido para publicação, enviar uma foto e dispor um link em vídeo do seu trabalho mais contatos como site, e-mail e redes sociais. A Contemporary Performance é uma organização americana que funciona como uma rede social e plataforma de organização comunitária de trabalhos, pesquisas, festivais, publicações e mais informações sobre a Performance Arte.


Para adquirir o Performance Contemporary Almanac 2015 pela internet: amazon.com/Contemporary-Performance-Almanac-2015

Por Chai Rodrigues

16.7.15

Performance Entre Saltos no Festival SESC de Inverno


Entre Saltos - São Paulo/2015. Foto: Rodrigo Dionisio
Ação do Coletivo PI será realizada pela primeira no Estado do Rio de Janeiro. Todas as pessoas podem participar como performers.

         Pela primeira vez o Estado do Rio de Janeiro vai receber a intervenção urbana Entre Saltos, do Coletivo PI. A ação faz parte do Festival SESC de Inverno e será realizada nas cidades de Teresópolis e Nova Friburgo neste mês de julho.

         Entre Saltos é uma performance/intervenção urbana do Coletivo PI que aborda o gênero feminino no mundo contemporâneo. A performance trata da construção da feminilidade bem como a imagem do feminino em relação à esfera pública. A ação se dá em forma de uma caminhada, com muitas pessoas, com um sapato de salto alto no pé e outro na mão, que pretende enfatizar o equilíbrio e o desequilíbrio enfrentados pelo feminino na metáfora do “sapato de salto alto”, e propõe colocar a rua como extensão do corpo e da vida. Ao término, as performers constroem poeticamente uma instalação em site specific com os sapatos utilizados durante a caminhada. Segundo a integrante do Coletivo PI, Natalia Vianna “A instalação é uma forma de deixarmos nossa marca na cidade, um vestígio da passagem do coro. Por isso ela é única em cada trajeto realizado”.

         Em 2014, Entre Saltos percorreu quatro cidades brasileiras através do Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais: São Paulo/SP, Campinas/SP, Porto Alegre/RS e Salvador/BA. A experiência destas cidades gerou o documentário "Entre Saltos", que foi exibido em algumas unidades do SESC - SP. Em 2015, durante o mês de março, Entre Saltos fez parte da programação "Mulheres em Cartaz" do Sesc Belenzinho - SP, culminando com a performance ocorrida no Dia Internacional da Mulher (08 de março). Ao todo, cerca de 170 pessoas já participaram da intervenção reunindo as quatro cidades do Brasil por onde Entre Saltos já passou. A performance acontecerá em Teresópolis - dia 24 de julho - e Nova Friburgo - dia 30 de julho, a partir das às 15h e percorrerá as ruas das cidades finalizando com uma instalação feita com os sapatos usados durante o percurso.

Entre Saltos - São Paulo/2015. Foto: Rodrigo Dionisio
         Antes da performance, o Coletivo PI também realiza uma oficina preparatória, para as pessoas interessadas em participar da performance, nas unidades do SESC, das 14h às 18h, durante dois dias. Durante a atividade, serão expostos os conceitos sobre a intervenção urbana, as provas de figurinos e a preparação para a caminhada pela cidade. Para participar da performance, não é necessário ser artista. Os únicos requisitos são participar dos dois dias de oficina preparatória e trazer um par de sapatos de salto alto que possa ser doado para compor a instalação. As atividades são gratuitas e o figurino é de responsabilidade do Coletivo PI.

         Para participar é preciso preencher o formulário de inscrição disponível no blog www.coletivopi.com. O link está à esquerda superior do blog.


ENTRE SALTOS | TERESÓPOLIS
Oficina de Intervenção Urbana
Data: 22 e 23 de julho (quarta e quinta-feira)
Horário: das 14 às 18h
Local: SESC Teresópolis - Avenida Delfim Moreira, 749 – Várzea – Teresópolis/RJ
Ministrantes: Pâmela Cruz, Priscilla Toscano, Natalia Vianna e Jean Carlo Cunha 
Conteúdo/Programação: Introdução à Intervenção Urbana; Exposição de fotografias e vídeos de algumas das principais referências sobre a linguagem e suas relações com o teatro, a dança, a performance e as artes visuais; Discussões sobre o universo feminino, o corpo da mulher e a cidade; Exercícios práticos performativos centrados no conceito de coralidade e preparo para atuar na rua; Orientação sobre a construção da instalação de Entre Saltos; Prova de sapatos e figurinos

Intervenção urbana Entre Saltos
Data: 24 de julho (sexta-feira)
Horário: das 13h às 18h30 (Entre Saltos tem duração de 1h30. Este horário compreende preparação – performance – desmontagem)
Local/Trajeto: A concentração e a saída do coro será na unidade do SESC Teresópolis. O trajeto da performance percorrerá diversos pontos do centro da cidade.
Saída da Intervenção: 15h

ENTRE SALTOS | NOVA FRIBURGO
Oficina de Intervenção Urbana
Data: 28 e 29 de julho (quarta e quinta-feira)
Horário: das 14 às 18h
Local: SESC - Nova Friburgo - Avenida Presidente Costa e Silva, 231 – Centro – Nova Friburgo/RJ

Intervenção urbana Entre Saltos
Data: 30 de julho (sexta)
Horário: das 13h às 18h30 (ENTRE SALTOS tem duração de 1h30. Este horário compreende preparação – performance – desmontagem)
Local/Trajeto: A concentração e a saída do coro será na unidade do SESC Nova Friburgo. O trajeto da performance percorrerá diversos pontos do centro da cidade
Saída da Intervenção: 15h

FICHA TÉCNICA ENTRE SALTOS | RIO DE JANEIRO
Criação e realização: Coletivo PI
Direção e coordenação das oficinas: Priscilla Toscano e Pâmella Cruz
Produção: Natalia Vianna
Assistentes de produção: Chai Rodrigues, Jean Carlo Cunha, Marcelo Prudente e Marcelo D’Ávilla
Performers: Priscilla Toscano, Pâmella Cruz, Natália Vianna, Jean Carlo Cunha, Marcelo D’Ávilla e Marcelo Prudente

14.7.15

Coletivo PI fecha ciclo de saraus sobre literatura feminina contemporânea na Casa das Rosas

Foto: Roni Adame
Foram quatros meses e quatro eventos que promoveram bons encontros. O Coletivo PI se despede da Casa das Rosas após os Saraus sobre Literatura Feminina Contemporânea. Antes o Sarau do PI era realizado na antiga sede do Coletivo na zona norte da cidade, com um caráter informal e livre, no qual eram reunidas linguagens artísticas com prioridade para a cena e a música. Foi um passo importante propor para a Casa das Rosas o Sarau do PI com foco na literatura feminina contemporânea, pois isso proporcionou a abertura de um espaço para discutir questões relacionadas à construção de gênero, eixo principal das pesquisas e criações artísticas do grupo.

Os temas escolhidos não foram por acaso, Poesia e crônica, Erótico, Periferia e Dramaturgia, todos envolvendo a temática do feminino, desenvolvidos e planejados para correlacionar com os objetivos do PI. Performances, músicas e principalmente as autoras convidadas, construíram um ciclo de conhecimento, que pudemos compartilhar com os visitantes da Casa.

Para Natalia Vianna, o Sarau do na Casa das Rosas foi um processo de aprendizagem e descoberta: "A cada edição, a possibilidade de conhecer e dialogar com artistas e não artistas a partir de anseios e temas em comum foi como abrir um intervalo no tempo. Um intervalo poético, de reflexão, de apreciação, de boas conversas, de risadas, um intervalo para ouvir mais do que falar. Um momento de respiro no meio de uma rotina tão massacrante de uma megalópole como São Paulo. Além das pessoas carinhosamente convidados e do público aberto e bem disposto, a própria Casa das Rosas nos transporta para um outro lugar, um outro tempo... O gostinho de quero mais ficou em cada edição... Mas isso é boa coisa boa, pois deixa em nós a vontade de que momentos como esses se repitam, e a certeza de que eles são cada vez mais necessários na vida contemporânea".

A partir da direita: Pâmella Cruz, Maria Giulia Pinheiro,
Paloma Franca Amorim e Talita Mochiute. Foto: Roni Adame
Em todas as edições a participação de Talita Mochiute foi fundamental. Mestre em Literatura Comparada, ela conduziu junto com Pâmella Cruz as conversas com as escritoras convidadas. Das conversas que abriram cada sarau uma fala ecoou pela Casa das Rosas: quando se produz literatura o mais importante é a doação de energia e a sinceridade ao escrever, não ser mulher, homem ou o que for. A oportunidade de eventos como este é boa para conhecer pessoas que possuem os mesmos desejos e base de temas para a criação, mas é preciso sempre explodir com as "caixinhas" que tentam colocar as pessoas em nome de poder e lógicas de mercados consumidores. "Não classifico meus autores favoritos em mulheres ou homens, nacionais ou internacionais. Escolho (ou eles me pegam pelo pé, como adoro dizer quando me percebo amando uma história) pela afinidade, pela forma como me reconheço neles e como, juntos, pensamos a vida e o mundo. A experiência do Sarau do PI intensificou pra mim que é isso que importa: o que a arte tem a dizer. Mas como artista, ele instigou outra questão: quem tem espaço para falar? E este espaço é menor para as mulheres. Então há algo aí para se pensar. Como conseguirmos criar espaços para produção e exposição que sejam pra todos, independente do gênero". Afirma Chai Rodrigues.

Para Priscilla Toscano, outro fator que enriqueceu as vivencias nas quatro edições do projeto foi o público: "A Casa das Rosas por estar situada na Avenida Paulista, além de possuir um público cativo consumidor de literatura, também atrai diversas pessoas, dos mais diferentes perfis. Isso foi uma delícia principalmente nos momentos em que propusemos a interferência de performances, cenas performativas e vídeo performances. Momentos que, na minha avaliação, assaltaram um público extremamente plural".

Foram momentos de expor o que o Coletivo pensa e produz sobre e, principalmente, descobrir e valorizar a produção artística de uma mulherada criativa e ativa nas tentativas de fazer arte e se colocar no mundo. Além de perceber que, para além da biologia, o feminino é um tema para todos os artistas e eles aderiram ao sarau de peito aberto. Foram quase trinta 30 apresentações nos diversos gêneros artísticos e plataformas. Para Pâmella Cruz, o melhor do Sarau foi a oportunidade do encontro: “O sarau aproximou escritoras, artistas, pesquisadores e interessados na temática, revelando de forma sensível e poética a produção feminina atual, alargando o campo de reflexão sobre as questões de gênero, sobre a disputa por representação, sobre igualdades e idiossincrasias, criando uma trama de vozes, desejos, corpos e silêncio.  Para mim, o mais importante do sarau é que ele encurtou as distâncias, dissolveu as barreiras, promovendo o encontro de ideias, realidades e vontades, porque é exatamente aí a potência da literatura, da arte: criar novas realidades possíveis, tornar visível o invisível, e o desejo futuro um sonho presente”.

      O Sarau do PI foi um projeto proposto em 2014 para o edital de Saraus Culturais na Casa das Rosas, promovido pela Poiesis e “este trabalho não seria possível, sem os 6 PI’s, sem os encontros que foram proporcionados nos Saraus e nas  incríveis histórias que acabamos conhecendo. Passamos por todas as etapas juntos, escrevemos, criamos, produzimos e finalizamos juntos, como um Coletivo”, afirma Mari Sanhudo.  Fechamos o ciclo deste projeto, mas ainda temos várias ações previstas do PI para 2015. Os interessados podem acompanhar a agenda do site do PI para saber mais sobre nossos trabalhos. Obrigada a todos por fazerem do Sarau do PI um grande projeto e até a próxima!

Confira as fotos do último Sarau do PI na Casa das Rosas

SARAU DO PI - DRAMATURGIA FEMININA
Fotos: Roni Adame


29.6.15

Última edição do Sarau do PI, na Casa das Rosas, fala sobre dramaturgia feminina

Quarto sarau será realizado dia 04 de julho. Uma oportunidade para conhecer o trabalho de jovens artistas que pensam a literatura e a cena.

         A produção feminina na dramaturgia será o foco da quarta e última edição do Sarau do PI em 2015, na Casa das Rosas.Desde março, o Coletivo PI ocupa o espaço, uma vez por mês, mostrando a produção literária feminina contemporânea. Depois de passar pela poesia e crônica, literatura erótica e literatura de periferia, agora o Coletivo traz a produção de mulheres que unem a literatura e a cena, reforçando ainda mais a característica do Coletivo PI de unir diversas manifestações artísticas em seus eventos.
         Assim como nas edições anteriores, o sarau possui uma programação com convidados em linguagens diversas e também momentos de abertura de microfone para o público mostrar seus trabalhos ou suas autoras favoritas.
         Para encerrar a sequencia de Saraus culturais, o PI convidou para o bate papo Paloma Franca Amorim, do Coletiva Vulva da Vovó e Maria Giulia Pinheiro, do grupo Companhia e Fúria. Ambos são formados por mulheres que buscam discutir por meio da arte o universo feminino. O Vulva a Vovó nasce a partir do encontro de jovens artistas feministas e pró-feministas a fim de produzir atividade estética e poética combativa baseada em discussões sobre as problemáticas de gênero, raça e classe na cultura e na sociedade contemporânea. Já o Companhia e Fúria existe desde 2012 para pesquisar esteticamente pulsões criativas sem restrição de linguagem com enfoque temático na representação da mulher. As artistas vão falar sobre seus trabalhos individuais na dramaturgia e as pulsões que levam à criação dos dois coletivos. A conversa será conduzida pela mestre em literatura comparada Talita Mochiute e Pâmella Cruz.
         O sarau terá três intervenções cênicas. A atriz e dramaturga Pamella Martelli fará a leitura do seu texto "Entre corredor e sala de estar", encenado pela primeira vez no projeto SP Dramaturgias, da SP Escola de Teatro. O público verá pela primeira vez a cena performativa EU e ELA, encenada pelas diretoras do Coletivo PI, Pâmella Cruz e Priscilla Toscano. Na cena, duas mulheres se relacionam trocando objetos, roupas, fluídos que carregam consigo. A exploração do universo feminino e dos signos que representam a mulher permeiam as ações. A atriz Priscilla Leal trará para o sarau um fragmento de sua pesquisa sobre uma grande personalidade feminina. Baseada nas cartas da escultora francesa do final do século XIX Camille Claudel, a artista busca superar o estigma que tornou Camille conhecida - o de ter sido amante de Auguste Rodin - e busca mostrar a artista e sua relevância na história da arte.
         A última edição do Sarau conta com a finalização da ação poética "Meu corpo, minhas regras", desenvolvida por Jean Carlo Cunha. Em todas as edições do Sarau foram coletados depoimentos, frases e pensamentos em diferentes plataformas e estímulos sobre a expressão que dá nome à ação. A partir desse material, será escrita uma cena durante o evento e lia ao final do Sarau.
         A música e o audiovisual também estarão presentes no Sarau do PI por meio da participação da cantora Paula Castiglioni e do violonista Ravin Landim que vão tocar e cantar músicas do universo feminino e da exibição de trechos dos solos performativos desenvolvidos pelas artistas Angela Adriana, Isabella Dragão e Priscilla Toscano para a peça teatral Pulsão, do grupo Desvio Coletivo, em 2013.   O Sarau do PI - Dramaturgia Feminina começa às 19h na Casa das Rosas. A entrada é franca, mas é preciso retirar os ingressos uma hora antes do sarau.

SARAU DO PI - DRAMATURGIA FEMININA
Quando: 04 de julho (sábado)
Horário: 19h as 21h30
Onde: Casa das Rosas – Avenida Paulista, 37 (próximo à estação de metrô Brigadeiro)
Atividade gratuita - serão distribuídos convites para entrada na Casa das Rosas 1 hora antes do início do Sarau. Espaço sujeito a lotação.
Público: livre
  
Artistas confirmados no próximo Sarau do PI – Dramaturgia Feminina

Paloma Franca Amorim | Coletiva Vulva da Vovó
Foto: Divulgação
A Coletiva Vulva da Vovó nasce a partir do encontro de jovens artistas feministas e pró-feministas a fim de produzir atividade estética e poética combativa baseada em discussões sobre as problemáticas de gênero, raça e classe na cultura e na sociedade contemporânea. O grupo nesse momento está em processo com o trabalho autoral Tudo que Você Sempre Fingiu que Nunca Soube. A peça explora a relação entre a militarização do Estado e a vida política das Mães da Praça de Maio, que perderam seus filhos durante os regimes ditatoriais na América Latina e das Mães de Maio, mulheres brasileiras não brancas e de baixa renda, que perdem seus filhos em ações violentas da policia.
Mais informações: facebook.com/vulvadavovo

Maria Giulia Pinheiro | Companhia e Fúria
     Fotos: Vic Von Poser | Divulgação                   
Maria Giulia Pinheiro é autora do livro “Da Poeta ao Inevitável (Ed. Patuá/13) e dramaturga dos espetáculos  “Mais um Hamlet”, “Alteridade” e “Bruta Flor do Querer”, em que também assina a direção. É membra-fundadora do grupo Companhia e Fúria, em que atua, dirige e escreve. Ainda compõe o grupo, formado em 2012, as artistas Beatriz Kovacsik, Giulia Fontes, Luisa Hokema. O Companhia e Fúria foi criado para pesquisar esteticamente pulsões criativas sem restrição de linguagem com enfoque temático na representação da mulher. Atualmente, o grupo está em processo de montagem da peça “Alteridade”, com direção de Luaa Gabanini.
Mais informações: Página Companhia e Fúria

Pamella Martelli
Foto: Divulgação
Atriz, dramaturga, contadora de histórias e arte educadora. Integra o coletivo fleuma e o Grupo de Jongo Filhos da Semente. Bacharel em Teatro, atualmente é aprendiz de dramaturgia pela SP Escola de Teatro. Em abril de 2015, seu texto "Entre o Corredor e a Sala de Estar" teve leitura encenada no projeto SP Dramaturgias. Recentemente, escreveu e atuou em parceria com Marcus Mazieri e o Coletivo fleuma a peça Prática Incessante que segue agora para a fase regional do Mapa Cultural Paulista. Em “Entre corredor e a sala de estar” os seres ficcionais habitam uma casa em ruínas. Divididos em os que vão e os que ficam, a peça pretende suscitar e transgredir noções de tempo e espaço. A angustia feminina da espera, o desconhecimento do regresso e a decisão da partida estão presentes e unidos por um fio invisível chamado tempo.

Priscilla Leal
Fotos: Alex Vilas Boas
Atriz e gestora cultural. Participou de diversos espetáculos, com destaque para "Flores Anônimas" e "A última noite do Le Corselet", nos quais iniciou sua pesquisa sobre gênero. Como gestora cultural idealizou e executou o projeto "Mulheres Artistas na Ditadura", realizado em 2014, na Caixa Cultural São Paulo. Atualmente é a responsável pelo blog LAS ABUELITAS, um espaço para mulheres artistas. Priscilla irá apresentar uma cena de sua pesquisa a partir das cartas da artista Camille Claudel, escultora francesa do final do século XIX. Tinha muito talento. Muita coisa para falar. Ficou conhecida na história como amante de outro escultor: Auguste Rodin. E como louca. Mas quando a artista se olha no espelho ela vê... a artista!
Mais informações: lasabuelitas.com

Paula Castiglioni
Foto: Roni Adame
Pianista,cantora e regente, busca a naturalidade de fazer música com qualidade. Estuda música desde muito antes do que se lembra... e assim crê que a experiência artística deve enriquecer sua atuação no cenário musical paulistano. Atualmente cursa Mestrado em Música na Unicamp. Neste Sarau na Casa das Rosas, junto com violonista versátil, professor e compositor Ravi Landim, que acaba de lançar um disco “Das andanças e seus retalhos'', Paula irá interpretar músicas do universo feminino, algumas marcas de montagens teatrais, fechando o ciclo do Sarau do PI.



EU e ELA
Foto: Natalia Vianna
Eu e Ela é uma cena performativa, em que duas mulheres se relacionam trocando objetos, roupas, fluídos que carregam consigo. A exploração do universo feminino e dos signos que representam a mulher permeiam as ações. A ação será feita aberta ao público pela primeira vez no sarau, sendo encenada pelas diretoras do Coletivo PI: Pâmella Cruz e Priscilla Toscano.




Meu corpo, minhas regras
Fotos: Roni Adame
A ação poética "Meu corpo, minhas regras" foi pensada para ser desenvolvida em quatro etapas durante as edições do sarau do PI na casa das rosas. A primeira permitiu que o público através de uma caneta num caderno expressasse pela escrita sua opinião, já que o tema foi poesia. A segunda ação provocou o público a se expressar com a escrita em batom num espelho, já que o tema era erotismo. A terceira ação se relacionou com a exibição de um Documentário de Isabela Monteiro, que ao final escreveu a frase em alemão e em português em duas telas e propôs que o público se manifestasse escrevendo a partir de então. Jean Carlo Cunha irá encenar a quarta etapa com a escrita de uma cena, que se inicia na abertura do sarau e será lida no final, a partir desse material coletado durante as três ações anteriores.

Vídeo – Solos Performativos de Pulsão
Foto: Eduardo Bernardino
O vídeo é a união de três cenas/solos performativos desenvolvidos pelas performers Angela Adriana, Isabella Dragão e Priscilla Toscano para a montagem da peça teatral Pulsão, do grupo de teatro, performance e intervenção urbana Desvio Coletivo, em 2013. As cenas foram desenvolvidas a partir da pergunta: Qual a sua doença?
Mais informações: desviocoletivo.com