Quarto sarau será
realizado dia 04 de julho.
Uma oportunidade para conhecer o trabalho de jovens artistas que pensam a
literatura e a cena.
A
produção feminina na dramaturgia será o foco da quarta e última edição do Sarau
do PI em 2015, na Casa das Rosas.Desde março, o Coletivo PI ocupa o espaço, uma
vez por mês, mostrando a produção literária feminina contemporânea. Depois de
passar pela poesia e crônica, literatura erótica e literatura de periferia,
agora o Coletivo traz a produção de mulheres que unem a literatura e a cena,
reforçando ainda mais a característica do Coletivo PI de unir diversas
manifestações artísticas em seus eventos.
Assim
como nas edições anteriores, o sarau possui uma programação com convidados em
linguagens diversas e também momentos de abertura de microfone para o público
mostrar seus trabalhos ou suas autoras favoritas.
Para
encerrar a sequencia de Saraus culturais, o PI convidou para o bate papo Paloma Franca Amorim, do Coletiva Vulva da Vovó e Maria Giulia Pinheiro, do grupo Companhia e Fúria. Ambos são formados
por mulheres que buscam discutir por meio da arte o universo feminino. O Vulva
a Vovó nasce a partir do encontro de jovens artistas
feministas e pró-feministas a fim de produzir atividade estética e poética
combativa baseada em discussões sobre as problemáticas de gênero, raça e classe
na cultura e na sociedade contemporânea. Já o Companhia e Fúria existe desde 2012 para
pesquisar esteticamente pulsões criativas sem restrição de linguagem com
enfoque temático na representação da mulher. As artistas vão falar sobre seus
trabalhos individuais na dramaturgia e as pulsões que levam à criação dos dois
coletivos. A conversa será conduzida pela mestre em literatura comparada Talita Mochiute e Pâmella Cruz.
O
sarau terá três intervenções cênicas. A atriz e dramaturga Pamella Martelli fará a leitura do seu texto "Entre corredor e sala de estar", encenado pela primeira
vez no projeto SP Dramaturgias, da SP Escola de Teatro. O público verá pela
primeira vez a cena performativa EU e
ELA, encenada pelas diretoras do Coletivo PI, Pâmella Cruz e Priscilla
Toscano. Na cena, duas mulheres se relacionam
trocando objetos, roupas, fluídos que carregam consigo. A exploração do
universo feminino e dos signos que representam a mulher permeiam as ações. A
atriz Priscilla Leal trará para o
sarau um fragmento de sua pesquisa sobre uma grande personalidade feminina.
Baseada nas cartas da escultora francesa do final do século XIX Camille Claudel,
a artista busca superar o estigma que tornou Camille conhecida - o de ter sido
amante de Auguste Rodin - e busca mostrar a artista e sua relevância na
história da arte.
A
última edição do Sarau conta com a finalização da ação poética "Meu
corpo, minhas regras", desenvolvida por Jean Carlo Cunha. Em todas as edições do Sarau foram coletados
depoimentos, frases e pensamentos em diferentes plataformas e estímulos sobre a
expressão que dá nome à ação. A partir desse material, será escrita uma cena
durante o evento e lia ao final do Sarau.
A música e o audiovisual também estarão presentes no Sarau
do PI por meio da participação da cantora Paula
Castiglioni e do violonista Ravin Landim que vão tocar e cantar músicas do universo feminino e da exibição de trechos dos solos performativos desenvolvidos
pelas artistas Angela Adriana, Isabella Dragão e Priscilla Toscano para a peça teatral Pulsão, do grupo Desvio
Coletivo, em 2013. O Sarau do PI -
Dramaturgia Feminina começa às 19h na Casa das Rosas. A entrada é franca, mas é
preciso retirar os ingressos uma hora antes do sarau.
SARAU DO PI -
DRAMATURGIA FEMININA
Quando: 04 de julho (sábado)
Horário: 19h as 21h30
Onde: Casa das Rosas – Avenida Paulista, 37
(próximo à estação de metrô Brigadeiro)
Atividade gratuita - serão distribuídos convites para
entrada na Casa das Rosas 1 hora antes do início do Sarau. Espaço sujeito a
lotação.
Público: livre
Artistas confirmados no próximo Sarau do PI –
Dramaturgia Feminina
Paloma Franca Amorim | Coletiva Vulva da Vovó
Foto: Divulgação |
A Coletiva Vulva da Vovó nasce
a partir do encontro de jovens artistas feministas e pró-feministas a fim de
produzir atividade estética e poética combativa baseada em discussões sobre as
problemáticas de gênero, raça e classe na cultura e na sociedade contemporânea.
O grupo nesse momento está em processo com o trabalho autoral Tudo que Você Sempre Fingiu que Nunca Soube.
A peça explora a relação entre a militarização do Estado e a vida política das
Mães da Praça de Maio, que perderam seus filhos durante os regimes ditatoriais
na América Latina e das Mães de Maio, mulheres brasileiras não brancas e de
baixa renda, que perdem seus filhos em ações violentas da policia.
Mais
informações: facebook.com/vulvadavovo
Maria Giulia Pinheiro | Companhia e Fúria
Fotos: Vic Von Poser | Divulgação |
Maria
Giulia Pinheiro é autora do livro “Da Poeta ao Inevitável (Ed. Patuá/13) e
dramaturga dos espetáculos “Mais um
Hamlet”, “Alteridade” e “Bruta Flor do Querer”, em que também assina a direção.
É membra-fundadora do grupo Companhia e Fúria, em que atua, dirige e escreve.
Ainda compõe o grupo, formado em 2012, as artistas Beatriz Kovacsik, Giulia
Fontes, Luisa Hokema. O Companhia e Fúria foi criado para pesquisar
esteticamente pulsões criativas sem restrição de linguagem com enfoque temático
na representação da mulher. Atualmente, o grupo está em processo de montagem da
peça “Alteridade”, com direção de Luaa Gabanini.
Mais
informações: Página Companhia e Fúria
Pamella Martelli
Foto: Divulgação |
Atriz, dramaturga, contadora de
histórias e arte educadora. Integra o coletivo fleuma e o Grupo de Jongo Filhos
da Semente. Bacharel em Teatro, atualmente é aprendiz de dramaturgia pela SP
Escola de Teatro. Em abril de 2015, seu texto "Entre o Corredor e a Sala
de Estar" teve leitura encenada no projeto SP Dramaturgias. Recentemente,
escreveu e atuou em parceria com Marcus Mazieri e o Coletivo fleuma a peça
Prática Incessante que segue agora para a fase regional do Mapa Cultural
Paulista. Em “Entre corredor e a sala de
estar” os seres ficcionais habitam uma casa em ruínas. Divididos em os que vão
e os que ficam, a peça pretende suscitar e transgredir noções de tempo e
espaço. A angustia feminina da espera, o desconhecimento do regresso e a
decisão da partida estão presentes e unidos por um fio invisível chamado tempo.
Priscilla Leal
Fotos: Alex Vilas Boas |
Atriz e gestora cultural. Participou de diversos
espetáculos, com destaque para "Flores Anônimas" e "A última
noite do Le Corselet", nos quais iniciou sua pesquisa sobre gênero. Como
gestora cultural idealizou e executou o projeto "Mulheres Artistas na
Ditadura", realizado em 2014, na Caixa Cultural São Paulo. Atualmente é a
responsável pelo blog LAS ABUELITAS, um espaço para mulheres artistas.
Priscilla irá apresentar uma cena de sua pesquisa a partir das cartas da artista
Camille Claudel, escultora francesa
do final do século XIX. Tinha muito talento. Muita coisa para falar. Ficou
conhecida na história como amante de outro escultor: Auguste Rodin. E como
louca. Mas quando a artista se olha no espelho ela vê... a artista!
Mais informações: lasabuelitas.com
Paula Castiglioni
Foto: Roni Adame |
Pianista,cantora
e regente, busca a naturalidade de fazer música com qualidade. Estuda
música desde muito antes do que se lembra... e assim crê que a experiência
artística deve enriquecer sua atuação no cenário musical paulistano. Atualmente
cursa Mestrado em Música na Unicamp. Neste Sarau na Casa das Rosas, junto com violonista
versátil, professor e compositor Ravi Landim, que acaba
de lançar um disco “Das andanças e seus retalhos'', Paula irá interpretar músicas
do universo feminino, algumas marcas de montagens teatrais, fechando o ciclo do
Sarau do PI.
EU e ELA
Foto: Natalia Vianna |
Eu e Ela é uma cena
performativa, em que duas mulheres se relacionam trocando objetos, roupas,
fluídos que carregam consigo. A exploração do universo feminino e dos signos
que representam a mulher permeiam as ações. A ação será feita aberta ao público
pela primeira vez no sarau, sendo encenada pelas diretoras do Coletivo PI:
Pâmella Cruz e Priscilla Toscano.
Meu corpo, minhas regras
Fotos: Roni Adame |
A ação poética "Meu
corpo, minhas regras" foi pensada para ser desenvolvida em quatro etapas
durante as edições do sarau do PI na casa das rosas. A primeira permitiu que o
público através de uma caneta num caderno expressasse pela escrita sua opinião,
já que o tema foi poesia. A segunda ação provocou o público a se expressar com
a escrita em batom num espelho, já que o tema era erotismo. A terceira ação se
relacionou com a exibição de um Documentário de Isabela Monteiro, que ao final
escreveu a frase em alemão e em português em duas telas e propôs que o público
se manifestasse escrevendo a partir de então. Jean Carlo Cunha irá encenar a
quarta etapa com a escrita de uma cena, que se inicia na abertura do sarau e
será lida no final, a partir desse material coletado durante as três ações
anteriores.
Vídeo – Solos Performativos de Pulsão
Foto: Eduardo Bernardino |
O
vídeo é a união de três cenas/solos performativos desenvolvidos pelas
performers Angela Adriana, Isabella Dragão e Priscilla Toscano para a montagem
da peça teatral Pulsão, do grupo de teatro, performance e intervenção urbana
Desvio Coletivo, em 2013. As cenas foram desenvolvidas a partir da pergunta:
Qual a sua doença?
Mais informações:
desviocoletivo.com
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