A intervenção urbana é uma forma de arte cujo objetivo é interagir, de maneira criativa e poética, com o espaço cotidiano e as pessoas. As intervenções são capazes de reinventar, ainda que momentaneamente, novos sentidos ao espaço escolhido e suscitar novas percepções às pessoas.

24.11.13

Esparrama pela Janela!


Pra quem ainda não viu, o Grupo Esparrama está em cartaz na janela de um dos prédios ao longo do Elevado Costa e Silva, nosso conhecido Minhocão. É o Esparrama pela Janela - metade rua, metade casa, ressignificando o espaço da janela, o espetáculo não deixa de colorir a paisagem que cerca o Minhocão e intervir na cidade.

Diariamente o Minhocão é invadido pelo trânsito, poluição e barulho. Porém, à noite e aos domingos, quando é fechado, a população o utiliza como espaço de convivência, prática de esportes e lazer. 

Agora os integrantes do Grupo Esparrama também resolveram dar a sua contribuição e querem fazer dos domingos no Minhocão uma boa opção de diversão com arte! 

O público poderá assistir do Minhocão a uma apresentação que acontecerá de uma janela a cerca de cinco metros de distância, com palhaços, teatro de bonecos, manipulação direta, máscaras de comédia humana, música e muito bom humor!

O espetáculo conta a história de um morador que está cansado de conviver com o barulho e poluição que entram diariamente por sua janela localizada em frente ao Minhocão.
Ele decide então transformar este caos em poesia e alegria e devolve-las para a cidade.



Foto: A partir de agora a nossa janela está aberta!!! 
Vem Esparramar junto com a gente!!!


Formado em 2012 por Iarlei Rangel, Kleber Brianez, Ligia Campos e Rani Guerra, o Grupo Esparrama pesquisa a linguagem do palhaço nas mais variadas expressões cênicas.

Saiba mais:
Esparrama pela Janela!
Temporada: de 17/11 até 15/12/2013.
Sempre aos domingos, em três sessões: 10h30, 14h30 e 16h30.
Onde: no Minhocão (entre as alças de acesso do Metrô Santa Cecília e a Rua Consolação) 
É só subir no Elevado por uma das alças de acesso e observar as placas de sinalização que serão colocadas nos dias das apresentações! 
Em caso de chuva não haverá espetáculo.

7.11.13

Mark Jenkins: fita adesiva e intervenção urbana

Balbucio — Ceara, Brasil
Mark Jenkins é um artista americano conhecido por seus trabalhos de intervenção urbana, especialmente usando esculturas de fita adesiva.

Jenkins propõe imagens inusitadas, por vezes cômicas, lúdicas ou críticas. O artista, que já esteve no Brasil, mantém o site tapesculpture.org onde explica o processo de criação das esculturas de fita adesiva e mantém uma galeria com imagens da reprodução de sua técnica pelo mundo (como na imagem acima, feita no Ceará), além de ministrar oficinas nas cidades que visita.

Confira um pouco mais de seu trabalho:


Publicado originalmente em Pop, por Raissa Daguer.



Imagine que você está andando na rua quando se depara com um homem caído e esfaqueado, ou avista pernas saindo de uma tubulação, e até mesmo analisa se aquela lixeira na qual você passa na frente todos os dias antes de ir para o trabalho está mesmo sendo “fecundada” por vários espermatozoides gigantes feitos de fita adesiva.

Não, não é imaginação. E mais do que uma brincadeira de mau gosto, o que você está vendo pode ser simplesmente uma nova intervenção urbana feita pelo artista de rua, Mark Jenkins.



As manifestações artísticas diferentes, ousadas (já que a maioria é colocada ilegalmente) e criativas vieram da cabeça do artista norte americano e já estão dando o que falar mundo afora.


Mark Jenkins já está sendo classificado como o primeiro artista de rua a fazer intervenções urbanas em 3D. Outras pessoas já o chamam de o “novo Banksy”, pelo caráter satírico de algumas obras, mas comparações à parte, Mark Jenkins quer mesmo é tirar as pessoas do marasmo, da rotina meio zumbi que é cultivada nas cidades grandes.

Ele já fez exposições em Berlim, Roma, EUA, Hong Kong e passou até pelo Brasil. Mas espere! Ele não veio ao Brasil ainda, mas a arte dele sim. Isso acontece porque o artista apresenta workshops no seu site oficial, justamente para ensinar quem tiver interesse.


Em entrevista para o jornal Washington Post, o artista de 35 anos que trabalha como designer afirma que suas obras são “uma desculpa para que ele possa trabalhar ao ar livre”. “Talvez eu nem seja um artista. Mas talvez eu seja como um ‘psicólogo amador’ fazendo pesquisas de campo e usando homens de fita adesiva como meio”, conta.