A intervenção urbana é uma forma de arte cujo objetivo é interagir, de maneira criativa e poética, com o espaço cotidiano e as pessoas. As intervenções são capazes de reinventar, ainda que momentaneamente, novos sentidos ao espaço escolhido e suscitar novas percepções às pessoas.

O Coletivo PI

Fundado em 2009, por Pâmella Cruz e Priscilla Toscano, o Coletivo PI realizou intervenções urbanas efêmeras utilizando diferentes linguagens, tais como a performance, o teatro, a dança e as artes visuais, para compor suas criações. A pesquisa do grupo tinha como base o diálogo entre o artista e o espaço, na construção de formas poéticas que representem e transformem um espaço (físico ou imaginário), resgatando sua memória, discutindo suas funções e propondo novas percepções.

Pâmella, Priscilla e Natalia Vianna, que passou a integrar o núcleo em 2010, se conheceram na UNESP – Universidade Estadual Paulista em 2005 no curso de Licenciatura em Arte-Teatro e desde a graduação percebiam as afinidades quanto às questões artísticas. Um dos objetivos do Coletivo PI é pensar e realizar intervenções e performances em espaços urbanos reafirmando a rua e locais utilizados cotidianamente pela população como espaços da experiência e da criação. No início de 2014, também passaram a integrar o PI os performers Chai Rodrigues, Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo.

O PI possui uma trajetória marcante no cenário brasileiro da Intervenção Urbana. Os principais trabalhos do coletivo são Na Casa de Paulo, contemplado pelo “Prêmio Artes Cênicas na Rua 2011” - FUNARTE/MINC, realizado em 2012; a performance urbana CEGOS em parceria com o Desvio Coletivo em 2012 e 2013; o espetáculo multimídia O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos, contemplado no Edital PROAC - “Primeiras obras de produção de espetáculo inédito e temporada de teatro” (fruto da residência na Casa das Caldeiras) e, posteriormente, no edital FUNARTE Artes na Rua 2013 (na região do Baixo Centro de São Paulo; e a performance urbana Entre Saltos, vencedora do Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais 2013. 


Em 2016, tendo como integrantes Pâmella Cruz, Priscilla Toscano, Natália Vianna, Jean Carlo Cunha, Mari Sanhudo e Chai Rodrigues, o Coletivo PI encerrou suas atividades.


Mas por que PI? O que é o PI?
O mais conhecido 3,14.
É o símbolo grego utilizado pela Matématica em diversos cálculos…
É um símbolo de fácil reconhecimento…
Está ligado a qualquer forma circular…
É o 3,1415926.
É o valor da razão entre a circunferência de qualquer círculo e seu diâmetro, é a mais antiga constante matemática que se conhece.
Tem força enquanto palavra e som.
É a mais pura abstração…
É o nome de um personagem do livro Avó Dezenove e o Segredo do Soviético – Ondjak.
O PI tem até um dia próprio! 14 de março. A primeira comemoração do Dia do PI aconteceu no museu Exploratorium de São Francisco, em 1988, com público e funcionários marchando em torno de um dos espaços circulares do museu, e depois consumindo tortas de frutas no ano seguinte, o museu acrescentou pizza ao menu do Dia do PI.

Pi é um símbolo ligado a circularidade, a qualquer simetria esférica. O círculo é a forma mais democrática de distribuição de pessoas em um espaço, onde todos possuem a mesma posição, todos podem se ver.

Por fim, PI é Performance e Intervenção.