A intervenção urbana é uma forma de arte cujo objetivo é interagir, de maneira criativa e poética, com o espaço cotidiano e as pessoas. As intervenções são capazes de reinventar, ainda que momentaneamente, novos sentidos ao espaço escolhido e suscitar novas percepções às pessoas.

29.10.13

1º PIPI - Prováveis Inquietações sobre Performance e Intervenção


No próximo domingo (03/11), vai acontecer o primeiro PIPI - Prováveis Inquietações sobre Performance e Intervenção. Trata-se de um debate para discutir a Intervenção Urbana e suas relações com diversas linguagens além das artes visuais, dando ênfase à performance. 

Em 2011 o Pi realizou o PITI (Prováveis inquietações sobre Teatro e Intervenção) com foco na intersecção entre a intervenção urbana e o teatro. Este ano organizamos o I PIPI, com o desejo de dar continuidade periodicamente a esses debates, agora através do prisma da performance.


A cada PIPI escolheremos um tema. Para este primeiro encontro escolhemos "A mercantilização do espaço público", que dialoga com a atual pesquisa do Pi em sua residência artística na Associação Cultural Casa das Caldeiras. Colocaremos em discussão o eixo de nossa pesquisa que investiga o crescente fenômeno dos investimentos imobiliários e especulações que vem engolindo a cidade e contribuindo para privatização do espaço público.

Queremos abrir o nosso processo de pesquisa e criação artística revelando como através da intervenção urbana e da performance pretendemos discutir e levar a comunidade a refletir sobre esse tema. 

O I PIPI será realizado dentro da programação do Tempo Forte, evento realizado periodicamente na Casa das Caldeiras que tem como objetivo expor o trabalho dos artistas em residência na casa. Além do PIPI, o Tempo Forte contará com diversas apresentações dos demais artistas em sua programação.


Convidamos todos os artistas, estudantes e principalmente moradores desta metrópole para passarem conosco a tarde do domingo neste encontro.

PIPÍ: Prováveis Inquietações sobre Performance e Intervenção
Tempo Forte: Mostra de processo dos artistas residentes da Casa das Caldeiras
Quando: 03/11/2013, às 15h
Onde: Porão da Casa das Caldeiras
Av. Francisco Matarazzo, 2000
Água Branca, São Paulo/SP

12.10.13

Mesa redonda e oficina de intervenção com o Pi: Semana Viver a Metrópole (FAU/MACK)


Nesta semana, o Coletivo Pi participará da 10ª Semana Viver Metrópole, evento organizado anualmente pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie (FAU/MACK). O evento será realizado entre os dias 15 e 18 de outubro de 2013, aberto aos estudantes do campus, de outras universidades e à sociedade em geral. 

O Coletivo Pi foi convidado para participar da mesa redonda e de debate sobre intervenções, apropriações e ocupações dos espaços urbanos, que acontecerá nesta quarta-feira (16/10), às 10h. Já para a quinta-feira (17/10), o Pi preparou uma oficina de intervenção urbana, que será realizada às 12h.

Este ano, a Semana Viver Metrópole busca, principalmente, fomentar a reflexão e o debate a respeito do Direito à Cidade. Com enfoque em São Paulo, se pretende levantar as questões dos espaços públicos, das novas centralidades e dos projetos de arquitetura, urbanismo, ativismo e comunicação que têm a cidade como principal motivo.

O evento propõe aos seus participantes discutir os desafios e oportunidades do presente e busca acender o senso crítico e a consciência dentro do ambiente acadêmico. 

Participe! Confira a programação completa aqui.

11.10.13

Primeiras grafiteiras afegãs usam arte para apagar as marcas da guerra

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Por Jaque Barbosa em Hypeness.


Shamsia Hassani e Malina Suliman são duas mulheres afegãs marcadas pelos problemas que há anos afetam o seu país: conservadorismo, extremismo religioso, guerras e constantes atentados à liberdade das mulheres. Ambas encontraram na arte e no graffiti a forma de simbolizar as vozes oprimidas pelo regime.

Têm estilos diferentes, mas são as primeiras grafiteiras do Afeganistão. Shamsia e Melina apagam as marcas da guerra, os muros quebrados, os prédios destruídos pelas bombas, com spray e rolos de tinta. Pintam para mostrar para o mundo que o Afeganistão é mais do que aquilo que vemos nos jornais e para incentivar outras mulheres afegãs a não calarem seus anseios de liberdade.

Shamsia tem 24 anos e é formada em Belas Artes, na Universidade de Cabul, e começou como artista digital, até perceber o impacto que poderia causar colorindo as ruas de uma cidade devastada pela guerra com suas mensagens. Pinta mulheres de burca, em poses dominantes e seguras, porque considera que não é a burca que define a liberdade das pessoas, mas sim a paz.


Apesar de ser reconhecida pelo seu trabalho, Shamsia é obrigada a pintar em lugares fechados e abandonados, ou onde é convidada diretamente, por razões de segurança. Ela mantém uma série chamada Dream of Graffiti, com todas as obras que gostaria de pintar no Afeganistão.


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Já Malina, tem 23 anos e, além de professora, realizava suas atividades enquanto grafiteira de forma disfarçada, saindo às ruas de Kandahar, uma das cidades mais perigosas do Afeganistão, para espalhar mensagens políticas.

Foi várias vezes ameaçada pelos Taliban e seu pai acabou sendo agredido. Esteve exilada na Índia e voltou recentemente, para continuar seu trabalho pelas ruas.


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Artigo originalmente publicado no site Hypeness.