O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos

Em 2013, o Coletivo foi contemplado pelo edital Obras em Construção - Casa das Caldeiras onde fez residência no espaço com o projeto Reflexos Urbanos, no qual um dos pilares foi a construção de um espetáculo híbrido, no trânsito entre a teatralidade, a linguagem audiovisual e a intervenção urbana, que investiga o próprio espaço da Casa das Caldeiras, discutindo o conceito de “vida” nas grandes metrópoles por meio do estudo das especulações imobiliárias na região e suas estratégias de ocupação territorial, de marketing e publicidade.

Até então, o Coletivo PI buscou explorar a arquitetura do local e sua história como ferramentas de criação e, ao mesmo tempo, torná-lo tão protagonista como o texto e a ação, entrelaçando as novas pesquisas com o roteiro de um experimento realizado pelo Pi em 2010/2011 -  “O Mundo de Norma”.

Este processo resultou no espetáculo multimídia O Retrato mais que óbvio daquilo que não vemos, cuja montagem tem como base a especulação imobiliária da região e o conceito de “viver em segurança” nas grandes metrópoles. Com inspirações teóricas de Michel Foucault e Zygmunt Bauman em seus textos sobre o projeto do sujeito moderno e de uma sociedade líquida, O Retrato mais que óbvio daquilo que não vemos propôs uma imersão na arquitetura da Casa das Caldeiras e no organismo urbano, do qual somos partes.
Em 2014, o espetáculo foi contemplado pelo edital PROAC Primeiras Obras e esteve em cartaz na Casa das Caldeiras entre os meses de setembro e outubro/2014.
Ainda em 2014, o Coletivo PI foi vencedor do edital Prêmio Funarte Artes na Rua (Circo, Dança e Teatro) com o espetáculo. Em 2015 a peça voltou a ser apresentada em temporada de 12 apresentações na região do considerado baixo centro de São Paulo. A peça ganhou novas cenas, intervenções e características com a pesquisa no Baixo Centro, o roteiro e as imagens criadas foram pensadas para região  e o seu universo, marcado pelo processo de embelezamento dos novos empreendimentos e exclusão dos antigos moradores, a presença da prostituição e moradores de rua. O centro é um híbrido de ritmos, moradores, comércios e funções. O roteiro dialoga com suas peculiaridades e questiona o que as pessoas querem para a cidade.
A segunda temporada da peça estreou em novembro de 2015, iniciando na SP Escola de Teatro, sede da Marquês de Itu, e percorrendo trechos do bairro.

TEMPORADA 2015 

Produção: Coletivo PI

Concepção Original:  Natalia Vianna, Pâmella Cruz, Priscilla Toscano

Criação: Coletivo PI

Dramaturgia: Coletivo PI

Direção: Pâmella Cruz

Assistência de Direção: Natalia Vianna

Iluminação: Bijari

Trilha Sonora: Renato Navarro

Figurino e Adereços: Emanuela Araújo e Pedro Vale

Preparação Corporal: Júlio Razec

Preparação Vocal: Marcelo Prudente

Elenco:  Chai Rodrigues; Emanuela Araújo; Fernanda Pérez; Júlio Razec; Marcelo Prudente; Mari Sanhudo; Matheus Félix; Natalia Vianna; Pâmella Cruz; Thiago Camacho.

Direção de Produção: Chai Rodrigues

Assistentes de Produção: Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo

Operação de luz: Flávia Servidone

Contrarregragem: Eduardo Garcia, Darah Menezes e Lucas S. do Couto

Assessoria de Imprensa e Comunicação: Luciana Gandelini e Chai Rodrigues

TEMPORADA 2014

Produção:  Coletivo PI

Concepção:  Natalia Vianna, Pâmella Cruz, Priscilla Toscano

Dramaturgia: Coletivo PI

Direção: Pâmella Cruz

Direção de Arte: Natalia Vianna

Trilha Sonora: Coletivo PI

Vídeo: Chai Rodrigues e Priscilla Toscano

Preparação Corporal: Marcello D’Ávilla

Assistentes de Produção: Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo

Contrarregragem: Matheus Felix, Rodrigo Spavanelli e Sandra Toscano

Assessoria  em  Arquitetura: Maria Carolina Braz

Assessoria de Imprensa e Comunicação: Luciana Gandelini

Elenco:  Douglas Torelli; Emanuela Araújo; Fernanda Pérez; Jean Carlo Cunha; Júlio Razec; Maira Meyer; Marcelo D’Avilla; Marcelo Prudente; Mari Sanhudo; Natalia Vianna; Pâmella Cruz; Priscilla Toscano; Thiago Camacho.

Locução do vídeo: Chai Rodrigues