Foto: Jonas Rodrigues |
Uma tela de seis metros foi pintada ao vivo pelas performers do PI.
A área de convivência do Sesc Vila Mariana parou por uma hora para ver os corpos femininos que se embebeciam de tintas e cobriram com os corpos uma tela de seis metros de comprimento com azul, verde, laranja e magenta, formando uma grande pintura. Foi a estreia da performance Contornos, do Coletivo PI, dentro da programação da Virada Cultural de São Paulo.
Foto: Samara Sampaio |
O grupo havia realizado vários experimentos de Contornos, mas esta foi a primeira vez que a performance foi exposta. “A performance trata do conceito do contorno como algo que define e, ao mesmo tempo, que limita, oprime, questionando as formações de identidades, do que é ser um corpo. E, neste caso, um corpo feminino dentro de uma sociedade, ainda patriarcal, e de uma cidade bélica, em que agressões e violências às mulheres nos transportes e nas ruas são constantes”, comenta Pâmella Cruz, uma das diretoras do Coletivo PI. A preparação corporal e os movimentos foram desenvolvidos por Marcelo D’Avilla, bailarino e performer. Foram dias de trabalho intenso para preparar os corpos para as quedas provocadas pelo impacto das performers contra a tela. Acompanharam a apresentação artistas, moradores do bairro e crianças. A reação destas foi muito lúdica. Ver quatro mulheres adultas pintando-se e se jogando contra uma tela, criando arte a partir dos movimentos não é algo rotineiro.
Contornos dialoga com o objetivo do Sesc Vila Mariana de, nesta edição da Virada Cultural, expor a potencialidade do corpo. O tema "O corpo e a luz na cidade" uniu no mesmo espaço o Coletivo PI e artistas como Michel Groismam, Eduardo Salvino e Otávio Donasci. A tela permaneceu por 24 horas na área de convivência do Sesc Vila Mariana e permanecerá no acervo do PI para novas ações entorno de Contornos.
Por Chai Rodrigues
Foto: Jonas Rodrigues |
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Fotos: Samara Sampaio
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