A intervenção urbana é uma forma de arte cujo objetivo é interagir, de maneira criativa e poética, com o espaço cotidiano e as pessoas. As intervenções são capazes de reinventar, ainda que momentaneamente, novos sentidos ao espaço escolhido e suscitar novas percepções às pessoas.

8.5.12

Performances na Virada

Este fim de semana aconteceu a Virada Cultural aqui em São Paulo. Dentro de um leque de opções que a programação oferecia pra você apreciar e desfrutar, nós, do pi, destacamos duas performances que fomos conferir, no palco da Arte Corporal, na Rua 24 de maio.

 Uma delas é a performance "6", de Marcelo D'Avilla. O artista construiu um exoesqueleto do qual, aos poucos, surge um novo corpo. Esse invólucro disforme, do qual não sabemos ainda o que surgirá, nos sugere idéias, sensações, formas que aparecem e evaporam, acompanhadas de uma pulsação que reforça a vida existente ali, mesmo que seja um novo "estar vivo".

A performance fala sobre transformação, concepção e o nascimento de um corpo novo, uma ideia, um ideal. Seis (6) é uma personagem desconfigurada de padrões, não possui estigmas, dogmas, doutrinas ou ligação com nenhum partido. É um objeto, uma pedra, um ser não reconhecido pelo mundo que aos poucos sente. Transborda e se quebra em busca de uma nova forma. Busca nos elementos mais naturais um meio de se desvincular de forma antiga. Aos poucos reconhece sua pele e seus movimentos nunca antes utilizados. Consiste em seis atos interligados entre eles pelos seus opostos. Onde a imagem primeira é a oposta da ultima, sua sucessora é oposta da penúltima e a terceira por sua vez oposta da antepenúltima.
Fonte: viradacultural.org





Já o performer T. Angel, concebeu e dirigiu O peso do cinza e as memórias de nós. Neste trabalho, 12 performers representam as diversas minorias da nossa sociedade, como o índio, o pobre, a mulher, o travesti, a 'puta', o imigrante, o gay, entre outros, retratando uma santa ceia das minorias.


O trabalho discute a questão da ocupação do espaço das cidades cosmopolitas e busca gerar uma reflexão sobre as aproximações e distanciamentos que emergem das políticas vigentes. É uma performance que trata do duelo entre opressores e oprimidos e da violação das chamadas minorias nos grandes centros urbanos. Busca-se acima de tudo ecoar gritos de liberdade, reivindicando através da poética do corpo o espaço de cada um na selva de pedra. 
Fonte: http://xtangelx.wordpress.com



Para saber mais sobre o trabalho desses artistas, acesse:

Marcelo D'Avilla: facebook.com/marcelo.davilla
Fotos: Natalia Vianna

2 comentários:

  1. Nosso amigo Marcelo fez um trabalho lindo e que me encheu de tantos sentimentos distintos... Muito bom!

    Fiquei bastante feliz em te ver por lá e agradecido por ter um espacinho aqui no Pi, respeito e admiro muito o trabalho de vocês.

    Bjo em você Nati e no coletivo todo! <3

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  2. Os dois, Marcelo e T.Angel, arrasaram mesmo na Virada!
    Nós é que ficamos felizes em compartilhar trabalhos assim. ;)
    Bjo!

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